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Credo do Papa Pio IV ou Profissão de Fé Tridentina.

segunda-feira, 25 de março de 2013


Papa Pio IV, autor da Profissão de Fé Tridentina.
O "Professio fidei Tridentina" ou “Profissão de fé Tridentina”, também conhecido como o "Credo do Papa Pio IV", é um dos quatro credos oficiais da Igreja Católica, juntamente com o Credo dos Apóstolos, o Credo de Nicéia e o Credo de Atanásio.
Foi emitido em 13 de novembro de 1565, por Pio IV, em sua bula "Iniunctum nobis" sob os auspícios do Concílio de Trento (1545 - 1563).


Posteriormente, após o Concílio Vaticano I (1869-1870), teve leves modificações para colocá-lo no contexto das definições dogmáticas ditadas por esse concílio.
A intenção principal desse Credo foi definir claramente a fé católica em contraposição ao protestantismo.

Houve época em que foi utilizado por teólogos como juramento de lealdade para com a Igreja e, também, como instrumento de iniciação dos novos convertidos ao catolicismo. Hoje em dia, é raramente utilizado.

PROFISSÃO DE FÉ TRIDENTINA – CREDO DO PAPA PIO IV

Papa Pio IV - Profissão de Fé Tridentina.

Eu, Fulano, creio firmemente e confesso tudo o que contém o Símbolo da fé usado pela Santa Igreja Romana, a saber:

Creio em um só Deus, Pai Onipotente, Criador do céu e da terra e de todas as coisas, visíveis e invisíveis.

Creio em um só Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos;
Que é Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
É gerado, não criado;
Consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas.
Ele, que por amor de nós homens e pela nossa salvação, desceu dos céus.
Encarnou-se por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fez homem.
Por nós foi crucificado;
Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
Subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai.
Pela segunda vez há de vir, com majestade, a julgar os vivos e os mortos.
E seu reino não terá fim.

Creio no Espírito Santo, Senhor Vivificador, que procede do Pai e do Filho.
Que, com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado.
Foi ele quem falou pelos profetas.

Creio na Igreja, que é una, santa, católica.
Confesso um só Batismo para remissão dos pecados.
E aguardo a ressurreição dos mortos e a vida eterna que há de vir.
Amém.

Aceito e abraço firmemente as tradições apostólicas e eclesiásticas, bem como as demais observâncias e constituições da mesma Igreja.
Admito também a Sagrada Escritura naquele sentido em que é interpretada pela Santa Madre Igreja, a quem pertence julgar sobre o verdadeiro sentido e interpretação das Sagradas Escrituras.

E jamais aceitá-la-ei e interpretá-la-ei senão conforme o consenso unânime dos Padres.
Confesso também que são sete os verdadeiros e próprios sacramentos da Nova Lei, instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação da humanidade, embora nem todos, para todos sejam necessários.

São eles: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-Unção, Ordem e Matrimonio, os quais conferem a graça;
Dentre eles, batismo, confirmação e ordem não podem ser repetidos sem cometer sacrilégio.

Da mesma forma, aceito e admito os ritos, da Igreja Católica, recebidos e aprovados para a administração solene de todos os supracitados sacramentos.
Abraço e recebo tudo o que foi definido e declarado no Concílio Tridentino sobre o pecado original e a justificação.

Confesso, outrossim, que na Missa se oferece a Deus um sacrifício verdadeiro, próprio e propiciatório pelos vivos e defuntos, e que no santo sacramento da Eucaristia estão verdadeira, real e substancialmente o Corpo e o Sangue, com a alma e a divindade, de Nosso Senhor Jesus Cristo, operando-se a conversão de toda a substância do pão no corpo, e de toda a substância do vinho no sangue; conversão esta chamada pela Igreja de transubstanciação.

Confesso também que sob uma só espécie se recebe o Cristo todo inteiro e como verdadeiro sacramento.
Sustento sempre que há um purgatório, e que as almas aí retidas podem ser socorridas pelos sufrágios dos fiéis; que os Santos, que reinam com Cristo, também devem ser invocados; que eles oferecem suas orações por nós, e que suas relíquias devem ser veneradas.

Firmemente declaro que se devem ter e conservar as imagens de Cristo, da sempre Virgem Mãe de Deus, como também as dos outros Santos, e a eles se deve honra e veneração.
Sustento que o poder de conceder indulgências foi deixado por Cristo à Igreja, e que o seu uso é muito salutar para os fiéis cristãos.
Reconheço a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, como Mestra e Mãe de todas as Igrejas.

Prometo e Juro prestar verdadeira obediência ao Romano Pontífice, Sucessor de S. Pedro, príncipe dos Apóstolos e Vigário de Jesus Cristo.
Da mesma forma aceito e confesso indubitavelmente tudo o mais que foi determinado, definido e declarado pelos sagrados cânones, pelos Concílios Ecumênicos, especialmente pelo santo Concílio Tridentino.
Condeno ao mesmo tempo, rejeito e anatematizo as doutrinas contrárias e todas as heresias condenadas, rejeitadas e anatematizadas pela Igreja.

Eu mesmo, Fulano, prometo e juro, com o auxílio de Deus, conservar e professar, íntegra e imaculadamente, até ao fim de minha vida esta verdadeira fé católica, fora da qual não pode haver salvação, e que agora livremente professo.

E, no que depender de mim, cuidarei que seja mantida, ensinada e pregada a meus súditos ou àqueles, cujo cuidado por ofício me foi confiado.
Que para isto me ajudem Deus e estes santos Evangelhos!
Amém.

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